quarta-feira, 30 de abril de 2008

DEPOIS DO FERIADO...


Depois do feriado de 1° de maio, na quinta, a crônica do Jornal "A Evolução" de sexta-feira com o título: "Vai vender pastel". Aguardem.

Lembrando aos leitores que o Palavras I, antecedente ao Palavras II, encontra-se postado com data de 17 de abril, um pouco abaixo da segunda parte, portanto.
Comentem as crônicas.
Votem na enquete: qual o seu escritor preferido?.
Participem!!!

UM POUCO DE HISTÓRIA...



(Parte I - As Guerras do Rio Grande – 1763-77)

É certo que existem teorias mais precisas, mas parece inegável que o processo de ocupação da área onde hoje se localiza o Arroio Grande não se diferencia muito dos demais povoamentos da região e decorreu da concessão de terras pelos portugueses a alguns personagens que a Coroa queria recompensar - ou por serviços prestados diretamente à Corte ou pela participação nas campanhas de 1763-77 - quando da incorporação definitiva pelos lusitanos desta área, até então pertencente à Espanha.
É que entre 1763-77 o Sul do Brasil foi envolvido pela primeira vez numa guerra, e o atual Rio Grande do Sul sofreu duas invasões que chegaram a controlar grande parte de seu território. Ao final, houve forte reação de Portugal, que restaurou a soberania lusitana na área projetando o destino brasileiro nesta região da América.
Verdade é que pelo Tratado de Tordesilhas (1494) - aquele que a gente aprende no Colégio - o território do Rio Grande do Sul deveria ter sido domínio da Espanha. Só que, durante a chamada União das Duas Coroas (1580/1640), passou a ter início à exploração portuguesa por aqui.
Então, em 1680, Portugal fundou Colônia do Sacramento, bem defronte a Buenos Aires, expandindo o seu povoamento na região. Pela posse de Colônia, aliás, Portugal e Espanha lutaram por quase cem anos, ocorrendo sucessivas “trocas” da área entre os dois países, que alternavam os seus domínios no Rio da Prata.
Assim andava a coisa até que em 1763 ocorreu a primeira invasão espanhola do Rio Grande do Sul, comandada por Ceballos, governador de Buenos Aires. Essa invasão é aquela em que o General avançou a cavalo com seus 3.000 homens, desde Colônia até Rio Grande (num raio de cerca de 1.000 Km), tomando tudo o que via pela frente, dizendo a história que o Cel Thomaz Osório - hoje nome de CTG em Pelotas - teria “entregado” o Forte de Santa Tereza (que deveria defender) ao inimigo, pelo que, depois, seria enforcado.
O Forte de Santa Tereza é aquele que a gente costuma visitar – pertinho do Chuy - só que, à época, não tinha o formato da fortaleza de pedra que mantém até hoje.
Mas voltando as invasões espanholas, a segunda aconteceu quando em 1773, outro governador de Buenos Aires, o mexicano Salcedo, invadiu o Estado pela “Campanha”, o que motivaria a nossa Guerra de Reconquista (1775-76), culminando com a retomada pelos portugueses da Vila de Rio Grande, através das Esquadras que saíram de São José do Norte, em abril de 1776.
Disso tudo resultaria a expulsão definitiva dos espanhóis de onde é hoje o Rio Grande do Sul, mas não o seu inconformismo, manifestado inclusive na assinatura do Tratado de Santo Ildefonso - de 1777 - que viria a ter papel fundamental na definição da posse da região e, quem diria, também no surgimento do nosso Arroio Grande.
É o que se verá no próximo número.

UM POUCO DE HISTÓRIA II



(Parte II - As Origens de Arroio Grande - 1792)

O Tratado de Santo Ildefonso, celebrado entre Portugal e Espanha, em 1777, supostamente identificava a região onde fica hoje o Arroio Grande como território Castelhano, já que, pelo texto do artigo IV daquele pacto, o domínio português deveria se estender, pelo Sul, tão somente até as proximidades do rio Piratini, ou, no máximo, até os arroios Chasqueiro ou Grande, mas nunca, como acabaria ocorrendo, até o rio Jaguarão.
Como as duas Monarquias nunca chegaram a um acordo sobre que águas afinal divisariam as fronteiras por aqui, a faixa territorial entre o Rio Piratini (aquele que literalmente banha Pedro Osório) e o Rio Jaguarão (que hoje separa o Brasil do Uruguai), num raio de aproximadamente 100 Km., ficou por quase dez anos (1790-1800) como Campos Neutrais ou Terra de Ninguém, esperando um consenso entre as duas Coroas.
Foi quando os portugueses resolveram ampliar os seus domínios e, desde 1790, aproveitando que os espanhóis viviam em permanentes hostilidades com os Charruas (os últimos índios somente seriam dominados, ou melhor massacrados, em 1831, na famosa Matanza dos Charruas), passaram a conceder Cartas de Sesmarias (lotes de terras) aos amigos da Coroa, também ao Sul do Piratini - de onde é hoje o Município de Pedro Osório para cá, até o Rio Jaguarão.
Embora a história oficial dê conta que o início do povoamento de Arroio Grande ocorreu somente em 1803, verdade é que já em 1792 (dez anos antes) alguns sesmeiros como Domingos Francisco de Araújo e José Batista de Carvalho, entre outros, já “tiravam campos” por aqui, próximos a arranchamentos “entre o arroio Grande e o Chasqueiro”, tudo conforme consta do Arquivo Histórico do Estado, nos processos de requerimentos de sesmarias.
É certo também que alguns deles - como o citado José Batista de Carvalho (Carta de 1792) e Manoel Jerônimo de Souza (Carta de 1798) - efetivamente residiram no que viria a ser o Município de Arroio Grande, pois aqui constituíram família, casando os seus filhos Mariana e João (em 1810), que viriam a ser os pais de Irineu Evangelista de Souza, o popular Visconde de Mauá, nascido em 1813, tornando-se o mais famoso filho desta terra, não por acaso hoje intitulada Terra de Mauá.
Por tudo, se oficialmente a cidade é tida como fundada em 1803 (por Manoel Jerônimo de Souza), é fato que o povoamento do Arroio Grande ocorreu bem antes, por obra dos sesmeiros que para cá vieram.
Depois, o local receberia a condição de Vila de Nossa Senhora da Graça de Arroio Grande, em 24 de março de 1873 – data hoje oficial do Município - sendo que durante aproximadamente um ano (entre 1890 e 1891), Arroio Grande teve a graciosa denominação de “Federação”, retornando em seguida para o nome que nos acostumamos a ouvir e que completa agora os seus 135 anos.
Parabéns, portanto, ao nosso Município e felicidades a todos os filhos de Arroio Grande, terra de uma história bela e centenária.

O RÁDIO

Eu tenho um rádio, o Rádio do Jacques. É um Motoradio, preto, com 4 faixas e mais de trinta anos; foi comprado antes mesmo de o Jacques se mudar para o Hermenegildo, lá pelo final dos anos 70.
Com o rádio, o Jacques caminhava todas as noites, ao lado do Nico Añanã, da sinaleira até o trevo, sempre escutando alguma coisa que a gente não sabia direito o que era.
Com o rádio, o Jacques, gremista fanático, comemorou os inúmeros títulos do tricolor, em especial o maior de todos - o do Grêmio Campeão do Mundo, em Tókio, em 1983.
Quando o Jacques morreu, há três anos, os seus familiares resolveram me presentear com o rádio, sabedores que eram da nossa amizade e do imenso carinho que eu sentia pelo italiano, uma figura extraordinária, daquelas que a gente vai lembrar com saudades a vida inteira.
Pois dando seqüência a “vida” do Rádio do Jacques, eu também escuto todo o que posso, desfazendo permanentemente da modernidade que me oferecem a internet e a tevê por assinatura, para espanto de quem está do meu lado.
Com o rádio, escuto futebol e noticiário na Gaúcha e na Guaíba, acompanho mesas redondas na Pelotense e na RU, e o Jorge Américo, o Papaco e o Silvinho, na Difusora.
Com o rádio, escuto sambas antigos na Tupi do Rio, milongas e tangos nas rádios uruguaias e argentinas, e até o ritmo caribenho original nas emissoras cubanas, encontradas já na madrugada.
Pois na última segunda-feira, eu sintonizei o Rádio do Jacques na Difusora local, que transmitia ao vivo a Sessão da Câmara de Vereadores. Pra que. Foi um festival de deselegância, uma lição de comportamento impróprio, como há muito não via igual. E não falo da disputa, do embate político entre governo e oposição, fundamentais para a democracia. Me refiro ao palavreado, este assustador. Não o “seje”, o “teje”, o “V. Exa. ‘vaia’ lá pra ver”, nomenclatura com a qual, infelizmente, a cidade já se acostumou, mas nesse dia foi mais, muito mais...
Vereador chamando Secretário de “velho”, em desrespeito não só ao atingido, mas também a todos os idosos; gente chamando gente de “louca”, de “doente mental”, em desrespeito não só ao ofendido, mas também aos deficientes; uns chamando os outros de falsos, de mentirosos, em desrespeito a toda uma comunidade que escuta a Sessão da Câmara para se informar e não para desaprender com ela.
Pois em meio à tamanha vulgaridade (da qual, felizmente, ainda escapam alguns parlamentares), eu nem esperei o programa chegar ao seu final. Lembrei do Jacques sempre tão educado, gentil, cortês, lembrei das pessoas atingidas pelo palavreado chulo, lembrei das crianças que estavam por perto e acabei desligando o rádio, envergonhado.
Em respeito ao passado de uns e ao futuro de outros, porque o presente já está indo além, mas muito além do simples desrespeito.
Como os próprios vereadores andam dizendo, já está beirando a insanidade.

O Rádio

Próxima sexta - no Jornal "A Evolução", leiam O Rádio, uma crônica cujo sub-título bem que poderia ser: "o que a gente (não) deveria ouvir nas segundas-feiras pela manhã em Arroio Grande".
Não percam!!!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

PALAVRAS (II)

Normalmente, depois da pausa vem à continuação que pode ser de uma chatice sem fim, pois continua, continua e não acaba nunca, deixando a gente sem saber até onde vai... Mas não costuma envelhecer tanto quanto a esperança, a continuação, assim como nenhuma das duas não chega nem perto da experiência. Esta é, com certeza, uma das palavras mais velhas que sem tem notícia, como, aliás, quase todas as expressões com a letra “xis”. Quer um exemplo? Exemplo. Existe coisa mais antiga que exemplo, nas suas múltiplas combinações, como bom exemplo ou dar exemplo? Totalmente fora de uso, onde já se viu nos dias de hoje alguém dar alguma coisa, ainda mais boa... e de graça. Não, definitivamente as palavras com “xis” estão perdendo a forma, como aconteceu com xarope. Quer algo mais em desuso do que xarope? Ou mais intragável do que alguém xaropando à nossa volta? Realmente não dá, tais expressões ficaram mesmo fora de moda e, talvez por isso, Garcia Márquez, no livro 'O Amor nos tempos do cólera', tenha consagrado também a invalidez do sentido de certas palavras: “O diabo da experiência é que ela nos chega quando já não serve pra mais nada!”, declara um dos personagens, e com razão, comentam os mais experientes.
Mas a experiência existe, embora seja um pouco arredia e difícil de ser conquistada. Vive guardada entre colchetes e parênteses, e pouco aparece, principalmente para os mais novos. Quase sempre reclamando, é muito crítica e não adianta tentar corrigi-la, afinal ela sabe mais do que os outros. É rabugenta, ranzinza mesmo, a tal de experiência.
Bem ao contrário da vida, esta sempre tão disposta, simpática, sempre querendo dar o melhor para todos. Vida é uma vizinha querida de quem todo mundo gosta, mas que ninguém consegue definir. Passa tão rapidamente que às vezes a gente mal começa a gostar e nem percebe, mas a vida já está indo embora. Quando isso acontece, ela raramente dá uma segunda chance. Aliás, feliz daquele que tem uma segunda oportunidade com a vida. É realmente muito difícil. A vida é alva, clara, e às vezes tão descuidada que uma simples tarde de sol pode causar um mal terrível, assim como também certas noitadas, excesso de álcool e exagero de comida... Já botox e silicone podem até ajudar, mas possuem prazo de validade com a vida. A vida não é fácil, é muito delicada e cheia de alternativas. A vida é bela, mas é também ambígua, e pode ser alegre ou triste... É, com toda a certeza, exibicionista e pouco fiel, já que se presta a manter relação com todos, inclusive com o fim.
E este caso, da vida com o fim, ninguém aprecia muito, embora seja aceito e até esperado, pois se trata ao menos de um caso heterossexual. É que o fim não é feminino, não tem brilho e nem sedução, não tem encanto e nem qualquer sutileza; ao contrário, o fim é um boçal. Curto e grosso, não avisa quando vai aparecer e nem o gosto da surpresa costuma oferecer. O desmancha-prazeres do fim normalmente chega quando menos a gente espera. O fim é sem graça, como um ponto final. É um chato, definitivamente. O fim é mesmo o Fim!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Palavras, palavras...


Na adolescência, por evidente exibicionismo, eu costumava declamar o soneto abaixo em festas de 15 anos, reuniões com as gurias e outros eventos. Não era fácil, mas que impressionava, impressionava.


A UMA DEUZA*

Tu és o quelso do pental ganírio
saltando as rimpas do fermim calério,
carpindo as taipas do furor salírio
nos rúbios calos do pijón sidério.


És o bartólio do bocal empírio.
Que ruge e passa no festim sitério,
em ticoteios de pártano estírio,
rompendo as gambas do hortomogenério.


Teus lindos olhos, que têm barlacantes,
são camençúrias que carquejam lantes
nas cavas chusmas do nival oblôneo


São carmentórios de um carcê metálio,
de lúrias pélias em que pulsa obálio
em vertimbáceas do pental perônio.


*Atribuído ao poeta maranhense Luiz Lisboa

Consideração aos comentários...

Aos leitores que visitaram a página e postaram comentários, minhas desculpas pelo atraso na comunicação com eles.
Ocorre que o titular da página encontrava-se em viagem desde quinta-feira, razão pela qual deixou de visitar o próprio blog a partir de então; coisas de amador, enfim.
Ao Angelo e ao Ricardo Souza o meu abraço e o agradecimento pela participação.
O meu "comentário ao comentário" está lá junto com o de vocês.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

PALAVRAS (I)


A primeira palavra que todo homem aprende, em seguida ao seu balbucio original (grunhido, em alguns) é, sem qualquer dúvida, mãe.
Mãe é uma expressão que possui o mais amplo sentido e pouca feminilidade, com exceção para os édipos e para os amigos dos filhos adolescentes. Possui ainda múltiplas funções, que vão desde a amamentação até limpar as porcarias do filho bêbado, passando pela amamentação e porcarias do marido bêbado, encargos e transferências que duram a vida inteira, o que parece explicar porque a maioria dos homens procura uma mãe em todas as mulheres. Coisas de mamíferos, enfim.
Depois, o guri vai crescendo e começa a se interessar por outras palavras com os seus reais e recônditos significados: professora, namorada, masturbação... não necessariamente nessa ordem. Realmente, tem uns que gostam de professora, vêem nelas bons exemplos, alguns acentos, vírgulas e às vezes até frestas, principalmente no verão; já outros não se interessam muito, acham à expressão exagerada, assim digamos muito professoral. Esses procuram desde cedo à namorada, um pleonasmo com utilidade, que serve às vezes de despertador e de jornal 24 horas, pois dá todas as notícias do dia e com repetição. Já a masturbação, diferentemente do que muitos pensam, não é rival nem da professora e nem da namorada, ao contrário, está muitas vezes ao lado delas. Só que, discriminada, incluída entre as palavras feias, acaba não se mostrando muito e vive escondida a masturbação.
Mas adorável mesmo, para a maioria dos homens, é a palavra fornida. E com razão. Imaginem algo substancioso, robusto, cheio... Pois é esta coisa provida, bem abastecida, que é a fornida. Como, que coisa? Qualquer coisa que se possa apreciar, comer, lamber... desde que, obviamente, fornida. Se pode o quê? Ah, se pode ser mulher? Claro que pode, e, aliás, é ótimo quando elas são bem fornidas. Aqui em Arroio Grande mesmo tem uma fornida, mas uma fornida que é a... hummm, deixa pra lá, que alguém pode se incomodar e a fornida vira confusão. E confusão é, certamente, a mais feminina das palavras... Mas todos gostam mesmo é de uma boa fornida, embora os perigos que elas trazem, especialmente quando vêm em bandos, como cornucópias. Sim, porque pode ser um inferno, já que todas as réguas, os compassos e também às apalpadelas buscam sempre as fornidas. Menos os românticos, que preferem com certeza a esperança...
Filha mais antiga do tempo, com suas curvas bem definidas, em forma de alíneas, a esperança é alta e esguia e possui comportamento exemplar. É ela que todo o parágrafo espera para completar a sua história. A gente se depara com a esperança desde muito cedo e vai com ela até o fim da vida. É verdade que às vezes quase a perdemos, quando a esperança dá lugar à pausa, o que sempre insinua algum suspense. Pois a tal pausa é, no fundo, uma grande enrustida, já que não costuma deixar claro o que virá depois. Quando a pausa aparece não tem jeito, só resta mesmo esperar...
(Fim da primeira parte)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A B C


Historinha

Uma cornucópia encontrou com um adamito e resolveu provocá-lo: - Sou toda tua, por acaso não me desejas? Ou devo procurar um baguari? Ao que o balcã respondeu: - Não te quero mesmo. Prefiro uma bacante ou até uma bagaxa, mas nunca uma abundante, como tu.
Pois a cornucópia não se incomodou, deixou o adamito (ou adâmico, como alguns o conhecem) com as suas preferências - que, na verdade, recaem sobre as cravinas - e foi procurar um cúspide, afinal, não dizem que os iguais se merecem?...

terça-feira, 15 de abril de 2008

Próximas


Próxima crônica do Jornal "A Evolução" - sexta 18/04 - "Palavras".
Antes, aqui na página, o encontro da cornucópia com o adamito.



"Cada palavra é uma obra poética". Será?
Quem é capaz de discutir Borges, o autor da frase acima???

segunda-feira, 14 de abril de 2008

FUTEBOL E CULTURA

Futebol também é Cultura?
Uma ocasião, durante o 1º Forum Cultural do Mercosul, fizemos essa pergunta à desportistas, intelectuais, artistas, jornalistas - do Brasil, do Uruguay, da Argentina - tudo aqui em Arroio Grande, durante a gestão do então Secretário de Cultura João Luiz Garcez, 1998/99, em evento que aconteceu concomitante à (última) Pajada que a cidade promoveu.

Alguém ainda lembra desse debate?
Pois a Rádio Difusora está promovendo um programa esportivo - normalmente às sextas-feiras - que permite o aprofundamento das discussões sobre o futebol muito além dos meros resultados de campo, fazendo com que os questionamentos cheguem a indagação das causas e consequências que fazem desse esporte algo tão passional e fascinante.
Nós estivemos por lá e queremos voltar, sempre.
Um abraço ao Silvinho, ao Papaco, ao Paulista, ao Flávio Teixeira, ao Marcus Vinícius e ao Otávio Falcão, é um prazer compor essa mesa ao lado de vocês.

terça-feira, 8 de abril de 2008

FIZEMOS BEM

"É incrível a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer"
Lançado o livro Treze Lugares e meio do Arroio Grande... é hora de relatar os bastidores, o making off dessa obra que superou todas as expectativas.
Dos autores, o Paleca Conceição foi o mais tranqüilo, remetendo, lá de Porto Alegre, o seu ótimo Os banhos no arroio Grande... apenas três dias depois de ser convidado, isso ainda em dezembro de 2007.
Comportamento exemplar tiveram também o Anarolino – que escreveu sobre a Rua Souza Gusmão - o João Garcia, autor da Usina Elétrica, do seu pai, Jacinto, e o Julinho Salaberry, este com um senão: enviou o belo texto sobre a Ayrosa Galvão rapidamente, mas foi o último a colocar título na crônica, deixando o coordenador dos trabalhos na maior angústia.
Com o Arnóbio, o problema foi à foto para a “biografia”, que só saiu graças aos arquivos do Meridional, depois de muito tempo; mesma encrenca da Amália, renitente em autorizar a publicação de um “retrato” que viesse a identificá-la, no resgate que fez da “Rua da Bahia”. Ah, esses Pereiras...
O João Félix – com a sua Terra da Promissão, sobre a Vila Matarazzo – foi exigente e fez diversos contatos para saber do andamento dos trabalhos, reforçando a nossa responsabilidade.
De longe veio o André Petry - lá de Nova York - com a gente se comunicando sempre por e-mail e atrapalhando a agenda do jornalista, até ele nos brindar com a sensível Severo Feijó, 176, uma crônica que relata a infância do autor – hoje renomado correspondente internacional da Revista Veja – aqui em Arroio Grande.
Já a participação do Paulo Carriconde no livro foi emocionante, por uma grande razão: sou daqueles que considera que o Arroio Grande nunca fez justiça ao Dr. Paulo – pelas suas qualidades como advogado, como político, como cidadão... -; então, ao conseguir o seu envolvimento na obra, me senti resgatando um pouco da dívida que nós ainda temos com essa personalidade cultural extraordinária, que a cidade deveria melhor aproveitar. O brilhante texto escrito pelo Paulo, aliás, é a prova definitiva do que afirmo; a história do Clube do Comércio é para ser filmada, não duvidem, não duvidem...
O mais difícil, pra variar, foi o meu amigo Sérgio Canhada, que se aproveita que eu me aproveito da amizade dele para comprometê-lo e se aproveita da minha (ufa!) para me deixar aflito, renegando-se o tempo todo e fazendo com que a cata a sua belíssima crônica sobre o Acapulco se tornasse quase uma tarefa de gincana.
É claro que coloco o Sérgio neste plano porque o Caboclo Damatta - que é hours concours em tudo - nem neste plano está. Que o diga o seu genial texto sobre O Redondo da Praça, uma crônica que transcende a nossa compreensão de tranqüilos moradores da via Láctea.
Já os classificados no concurso – a Amanda, o Paulo Ferreira e o Silvinho – tornaram-se ótima companhia, merecendo estar no livro e demonstrando enorme aptidão para a literatura.
No mais, é dizer obrigado à Profª Maristela pela ajuda nos textos, ao Valder pela diagramação e - acima de tudo e de todos - à Verônica, ela bem sabe por quê.
Ah, e tem também o responsável pela arte do livro, o Donga, de quem a gente não precisa dizer nada; o Donga é o Donga, é o melhor e pronto!
Por tudo, o agradecimento a todos que fizeram de uma idéia simples um resultado importante para a nossa cidade.
Com o perdão da redundância proposital, fizemos bem feito, todos!
"E quem quiser que conte outra história, impossível não há!"

terça-feira, 1 de abril de 2008

Próximo texto

Esta semana, no Jornal "A Evolução", bastidores do projeto literário Treze lugares e meio...,
um making off (zinho) da relação dos autores (e das suas crônicas) com a coordenação do livro;
comentários, elogios, agradecimentos..., aquelas coisas, como não poderia deixar de ser.
Para sexta - 04/04